sexta-feira, 16 de maio de 2014

Mães na balança!!

Talvez você esteja pensando que iremos falar sobre esse assunto que assola a maioria das mulheres, e principalmente aquelas que se tornam mães: o peso. Apesar desse ser um assunto com muitos "panos pra manga" de discussão, estou falando de outro sentido da balança: o julgamento. Depois que me tornei mãe, percebi melhor o quanto somos carregados de julgamentos, de pré-conceitos. Sim, em relação a nossa própria classe e em relação a nós mesmas. Achamos ter sempre as melhores soluções para os problemas familiares, inclusive os do outro. Entendi com a maternidade que as famílias têm suas formas peculiares de resoluções, sua formas particular es de educar, de lidar com as mais diversas situações. Na faculdade a gente aprende sempre a medida certa de tudo, aprende teorias que dão as diretrizes e orientações para o "certo" e o " errado". E na minha formação profissional sempre tive o olhar enfocado nas questões psicossociais do indivíduo e sempre supervalorizava essa busca da "medida perfeita", do equilíbrio. De forma nenhuma descarto toda teoria aprendida, quem sou diante de tantos estudiosos e figuras históricas dos estudos da psicologia...mas entendo que cada família encontra sua forma particular de educar, de conduzir suas situaçoes. Digo isso porque as vezes temos um martelo de juiz tão pesados nas mãos  e eu sou a primeira levantar a mão: " eu também"! Falando sobre esse assunto, vem-me à mente uma história em particular que escutei nos dias de visitas à UTIN. Conheci lá uma figura "folclórica", uma médica "figura", uma "perua" arrumadíssima, linda, bem humorada, maquiada e de salto alto todos os dias as 7 horas da manhã. Não tinha como não melhorar o astral perto dela. Depois de conhecê-la, as mães já começavam a chegar mais arrumadas, a se cuidar também. Bem, num desses dias, ela contou uma história de uma mãe que havia tido trigêmeos prematuros de situação crítica e que passaram alguns meses na UTIN. Em resumo, quando as crianças receberam alta, a mãe disse que iria levar apenas dois bebês pra casa, que iria adaptar as crianças em casa e depois viria buscar o outro. Também, poucas vezes essa mãe ia visitá-los enquanto estavam internados. E a médica contando a história disse: "ela era uma mulher muito prática". Eu nos pensamentos dizia: "ela é uma desnaturada, isso sim!". E depois de passar por muitos julgamentos , sim querida, você que ainda não é mãe, prepare-se! Por melhor que você faça, sempre vai haver alguém te criticando ou dizendo como você deveria agir. Certamente você já fez isso alguma vez, eu tambémo fiz muitas. Quem nunca disse ou pensou: " ah se esse menino fosse meu filho", ou quando uma criança apronta das suas nunca falou: "esse menino não tem mãe não?!" Mas é por isso que  a maternidade é algo grandioso e tranformador. Digo que ser mãe é a oportunidade que Deus nos dá de sermos menos egoístas, de aprender a julgar cada vez menos, de teantarmos nos colocar no lugar do outro. E pense numa tarefa de mudança difícil!! O ser humano nasce com esse jeito de ser!! Voltando à história dessa mãe, entendi depois de alguns meses e de ter passado por algumas experiências de amadurecimento: em que cabe a mim julgá-la? Ela precisa de mais alguém pra apontar ou dizer como deveria fazer? Será que essa não foi uma forma de se defender do medo da perda? Do medo do inesperado? Precisa de mais alguém para culpá-la, se o sobrenome das mães já é a culpa?! Eu mesma só fui ver meu filho depois de dois dias de nascido! Talvez alguém possa ter pensado que o rejeitei ou algo assim, mas era tão somente medo! Medo da dor, medo de vê-lo sofrer, medo de perder!  Vou parar aqui senão vai ficar chato de ler essa conversa muito comprida! rrsss Só sei que tento a cada dia aposentar essa balança do julgamento! E como é difícil,a gente esconde ela no armário e ela teima em reaparecer!! 

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